Oi, oi, oi! Eu sou Ayá, sou trasmasculino - não binário, uso pronomes ele/delu, sou mãe, fotografo, artista visual y vou te contar um pouco sobre a minha trajetória. Nasci no dia 24 de maio de 1989, na periferia de São Paulo, e desde cedo estive imerso em um ambiente artístico, influenciado pelo amor da minha avó pela costura e pela música de meu avô. A arte sempre fez parte da minha vida, desde criança já fazia bordados y descobri a  fotografia.
Aos 15 anos, comecei a trabalhar em gráficas e, a partir daí, fui me aprofundando no universo das artes impressas, aprendendo sobre acabamentos manuais e técnicas de produção. Com o tempo, minha paixão pela fotografia cresceu e, em 2012, decidi profissionalizar meu trabalho, focando em casamentos. Porém, o que realmente me marcou foi o reencontro com a fotografia analógica e documental, algo que continuo explorando até hoje.
Além da fotografia, comecei a experimentar outras formas de arte, como bordados, pinturas, colagens y desenhos. Essas linguagens se fundem no meu trabalho, criando narrativas visuais que exploram memórias afetivas, ancestralidade, questões de gênero e direitos humanos. Em 2022, ancorei o coletivo Transcentrar, com a proposta de fortalecer as narrativas de pessoas trans e visibilizar as suas histórias por meio da fotografia e da arte impressa, criando zines, livros e outras produções gráficas que funcionam como espaços de acolhimento e resistência.
Atualmente, estou focado em criar obras que possam ser expostas em feiras de arte, sempre buscando transformar minha prática em uma ferramenta de empoderamento e visibilidade para as comunidades marginalizadas.


obras disponíveis ;)
print - "travesty também ama" 

"travesty também ama" retrata o momento íntimo de dandá costa y júlia de carvalho. 



print  - "minha herança - vô tião"​​​​​​​
Esta imagem retrata o meu avô, Sebastião, mais conhecido como Tião. Nascido em 27 de dezembro de 1941. Quando ele faleceu, eu era muito pequeno, me lembro vagamente da noticia e confesso que ela tão distante que não senti o luto. A minha lembrança dele em vida, se resume a flashes distantes de visitas aos finais de semana na casinha dele, que tinham tantos outros parentes, e se localizava em frente ao rio no Taboão - Diadema. 




Minha Criança Trans é uma série de 12 retratos de infância bordados com palavras como trans, ele e uma cicatriz. Ao intervir nessas imagens, resgato e afirmo minha identidade transmasculina desde a infância, costurando memória, afeto e reconhecimento.



 TRANS

 ELE

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cartões postais - alguma saudade.
Alguma Saudade nasceu comigo, nas minhas viagens pelas estradas do Brasil e nas pausas que fiz para sentir. São 15 fotografias que registrei com o coração atento e o olhar mergulhado nas sutilezas do caminho. Entre horizontes, vazios e presenças silenciosas, encontrei fragmentos de memória, de ausência, de afeto.
Sempre acreditei que a saudade não é só do que vivemos, mas também do que não foi, do que poderia ter sido, do que sonhamos. Saudade da infância, dos avós, da chuva, do mar, de um amor, de um amigue, de uma casa que não existe mais — ou que talvez nunca tenha existido. Alguma saudade nos habita. Me habita.
Transformei essas imagens em postais, porque gosto da ideia de que a saudade possa ser enviada, recebida, guardada. Cada fotografia impressa nesse formato carrega em si uma memória possível, um afeto palpável. Gosto de pensar que, ao tocar cada cartão, quem vê também sente — e talvez se lembre de algo que nem sabia que havia esquecido.
Esse trabalho é um convite. Um convite a pausar, a sentir, a lembrar. A se deixar atravessar por alguma saudade — a sua.



prints em fine art - recomeçar
Recomeçar é um olhar sobre um momento de transição em maio de 2020, antes da pandemia, em São Miguel dos Milagres, uma pequena comunidade onde os moradores acabavam de conquistar as terras que finalmente dariam origem aos seus novos lares.
Esta série capta o simbolismo dessa conquista: o recomeço de uma vida que se refaz na terra, no pertencimento e na esperança. Através das fotografias, busquei retratar a simplicidade e a força dessa comunidade que, com cada passo, reconstrói seu futuro e seu espaço.
"Recomeçar" é um testemunho da resistência e da renovação, uma celebração da força humana de transformar sonhos em realidade.



zine - a lagoa s azul
Em outubro de 2021, decidi embarcar numa viagem por Alagoas, em homenagem aos meus avós, que frequentaram o estado na década de 60. Apesar de pouco se saber sobre a passagem deles por ali, senti que precisava ir em busca das memórias que eles deixaram. Passei por São Miguel dos Milagres, Maceió e Delmiro Golveia, entre o litoral e o sertão, e essas são as imagens dessa jornada.
Minhas únicas fotos dessa aventura foram feitas com minha câmera analógica Canon EOS 5 e uma lente 35mm 1.4 da Sigma, usando dois filmes Fujifilm color vencidos desde 2008. Este zine é, então, um pequeno registro daquilo que encontrei — um recorte pessoal das minhas próprias lembranças e daquelas que, de alguma forma, me conectam com os meus avós.





feiras ;)
2024 - FESTIVAL IMAGINÁRIA — FEIRA MIOLOSTIJUANA > RIO/24 - corpo dissidente coletivo

2025  2 FESTIVAL AQUENDA — FEIRA DELICIA — FESTIVAL AFRODYSYAKA PYNDORAMYKA — FEIRA GAMELA — FEIRA ELL CABRITON — FEIRA PERIFACON - coletivo transcentrar
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